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Mercado imobiliário brasileiro deve crescer mesmo com nova alta da Selic

O mercado imobiliário é um dos setores que mais se recuperou da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. “Achávamos que a crise poderia afetar bruscamente nossos negócios, principalmente quando fomos proibidos de entrar nos apartamentos para continuar a reforma, mas foi justamente neste período que montamos nosso e-commerce, nossa marcenaria e marmoraria. A crise, para nós, representou a abertura de três novos negócios muito interessantes”, conta Rony Susskind, sócio fundador da SI Advisors.

baixa histórica na taxa Selic em 2020 contribuiu para a recuperação do mercado de imóveis em 2021. Ainda com a nova alta anunciada pelo Copom, que atualiza a taxa básica de juros para 5,25% ao ano, o setor continua otimista e vê margem para aumento da demanda. Segundo a última pesquisa da Datastore, empresa de pesquisas para o mercado imobiliário, o índice de intenção de compra nos segmentos popular, médio padrão e alto luxo em todo o País chega a 29%. Os números indicam que mais de 14,5 milhões de famílias têm intenção de adquirir um imóvel nos próximos 24 meses.

De acordo com dados da Pesquisa Secovi-SP de junho, o mercado encerrou o primeiro semestre do ano com recorde de unidades residenciais lançadas e vendidas na cidade de São Paulo. De janeiro a junho, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019. As vendas apresentaram resultados ainda melhores, com 29.935 unidades comercializadas. “Acreditamos que a superoferta de apartamentos em São Paulo deve gerar demanda por reformar, decorar, fazer marcenaria e marmoraria. Justamente estes são os quatro pilares que nós atendemos. Mas o investidor precisa ser criterioso na atual conjuntura”, reflete o sócio da SI Advisors, Uriel Frenkel.

Amplos e prontos para morar

Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), a pandemia, o isolamento social e a necessidade do home office fez crescer o interesse por lares maiores e condomínios com áreas de lazer. Se antes o cliente tinha fácil acesso à imobiliária e aos corretores, após a pandemia cresceram os anúncios online, a visita a um modelo decorado passou a ser feita pela internet e novas prioridades surgiram: a busca por adequação do lar sofreu uma explosão e segue em alta.